14 março 2010

João Bosco

1135 De Frente Pro Crime
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(João Bosco)
Tá lá o corpo estendido no chão

Em vez de rosto uma foto de um gol
Em vez de reza uma praga de alguém
E um silêncio servindo de amém...
O bar mais perto depressa lotou

Malandro junto com trabalhador
Um homem subiu na mesa do bar
E fez discurso prá vereador...
Veio o camelô, vender!

Anel, cordão, perfume barato
Baiana prá fazer pastel
E um bom churrasco de gato
Quatro horas da manhã baixou o santo
Na porta bandeira
E a moçada resolveu parar, e então...
Tá lá o corpo estendido no chão
Em vez de rosto uma foto de um gol

Em vez de reza uma praga de alguém
E um silêncio servindo de amém...
Sem pressa foi cada um pro seu lado

Pensando numa mulher ou no time
Olhei o corpo no chão e fechei
Minha janela de frente pro crime...
Veio o camelô, vender!

Anel, cordão, perfume barato
Baiana prá fazer pastel
E um bom churrasco de gato
Quatro horas da manhã
Baixou o santo na porta bandeira
E a moçada resolveu parar, e então...
Tá lá o corpo estendido no chão...

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